16 de abril de 2012

Caso Genie : "A menina selvagem" ...
   Foi visualizado um documentário na aula a propósito da controvérsia Hereditariedade vs Meio. Esse documentário incidia numa história de uma rapariga que ficou privada da sua infância como consta mais abaixo.



    Era mais uma criança a vir ao mundo, como todas as outras, até que com a idade de vinte meses, quando Genie iria começar a aprender a falar, um médico anunciou que ela era lenta, provavelmente retardada. O pai de Genie levou este diagnóstico ao extremo e, com o intuito de protegê-la, privou-a de todo contacto com a sociedade.
Genie passava os dias presa a um penico e, à noite, quando não era ali esquecida, era colocada num berço fechado com barras de aço. Sempre que tentava falar, o seu pai batia-lhe e proibia qualquer pessoa de lhe dirigir a palavra. Durante este período, Genie ficou presa sem manter qualquer contacto linguístico com quem quer que fosse. V
iveu praticamente os seus primeiros 13 anos em total isolação da sociedade, até que foi descoberta pelas autoridades de Los Angeles a 4 de Novembro de 1970.
Quando foi descoberta, Genie desconhecia a linguagem, não andava normalmente e obteve um desempenho equivalente ao de uma criança de quinze meses de idade num teste cognitivo. Devido a este isolamento, Genie tornou-se quase muda e babava-se como uma criança, sendo capaz de pronunciar apenas algumas palavras como stop e no more. Emitia sons de bébé e ainda usava fraldas.


   Quando esta menina foi descoberta e o caso tornado público, ela foi levada para o hospital infantil em LA, onde cativou os médicos e os cientistas e, por outro lado, provocou um enorme alvoroço em todos os cientistas da psicologia humana, já que este era um caso raríssimo na nossa sociedade. Quase não existiam relatos reais de seres humanos a quem foram privados da sua infância e, consequentemente, dos ensinamentos básicos desta, como por exemplo, a linguagem. Ou seja, para estes investigadores esta era uma grande oportunidade para tentar perceber a importância da infância e o modo como esta afeta o futuro do ser humano. Também era uma maneira de tentar saber se existe uma idade de aprendizagem, ou seja, se há certos conhecimentos que, se não forem incutidos na criança numa certa idade, ela pode nunca mais aprender esses tais conhecimentos.

O Segredo das Crianças Selvagens - Parte 1/7



   Mas a questão principal que se impunha era relativa ao tema Hereditariedade vs Meio.
- "A menina apresentava atrasos devido a infância que "não" teve, ou quando nasceu já era atrasada mentalmente ?"
   Para estudarem este caso, começaram por submete-la a testes/experiências e a trabalhar com ela para que progredisse na fala e se comportasse como um ser humano normal. Com o passar do tempo, notavam-se diferenças mas a menina nunca passou da fase de pronunciar palavras, para a fase da construção de frases gramaticalmente corretas. Genie teve capacidade, com imensa ajuda, de aprender algumas palavras e de se relacionar com os outros, quer por simples palavras, quer por gestos, embora nunca atingisse um grau considerado satisfatório.
"As características e os comportamentos de Genie foram produto da Genética ou do Meio? Ou então uma interação entre os dois?"
- Na nossa opinião, tanto a genética como o meio, bem como as relações/interações entre ambos, influenciaram o desenvolvimento de Genie e o modo como se comportava. Ela apresentava todas aquelas debilidades, devido ao facto de não ter qualquer contacto com o mundo exterior. Por não ter existido esse contacto, não só não se desenvolveu como um ser social como também não se desenvolveu como um ser individual que apresenta características que lhe são únicas.
- Pensamos que ficou provado que existe mesmo uma idade de aprendizagem, embora se consiga sempre melhorar alguma coisa, tal como Genie conseguiu, mas que não é suficiente para a idade que tem. Secalhar com muito mais tempo, Genie melhorasse as suas aptidões porque tudo aquilo era novo para ela. Era muita informação de uma só vez para uma rapariga que mal sabia onde estava. Tal não aconteceu uma vez que desistiram do caso devido aos fracos resultados. Por isso, alguns investigadores  defendiam que ela já tinha nascido com um atraso mental, e outros que tinham a certeza que foi devido ao meio onde ela cresceu que se deveu os atrasos mentais. Para nós, os dois fatores são importantes porque estão em constante interação e necessitamos de ambos para viver!
   Achamos que os investigadores agiram de forma incorreta para com Genie, pois usavam-na como um simples objeto para concluirem os seus estudos e no final quem saiu prejudicado foi a menina pois andava sempre de casa em casa, sem poder criar grandes laços e toda aquela "pressão" junto dela foi prejudicial para o seu desenvolvimento.

15 de abril de 2012

Hereditariedade Vs Meio ...

   A psicologia sempre esteve dividida em 2 grandes campos para explicar a personalidade do homem. A controvérsia entre hereditariedade e o meio tem sido tema de estudo entre alguns cientistas. O objetivo é descobrir o que tem mais influência no desenvolvimento humano, se é a hereditariedade, o momento ou mesmo o meio ambiente que a pessoa nasce.
   O problema desta controvérsia tem aparecido em relação a vários tópicos. Por exemplo, no estudo dos processos percetivos, os psicólogos de Gestalt advogaram que os fatores genéticos (hereditariedade) são mais importantes do que os fatores do meio. Por outro lado, outros cientistas defendem a posicão empirista, segundo o qual os fatores de aprendizagem são essencias para o processo percetivo.  


   Argumentos a favor da genética:
  • Se os pais são agressivos, os filhos têm tendência para serem agressivos;
  • Os gémeos homozigóticos (criados no mesmo ambiente) possuem o mesmo tipo de características psiquícas;
  • (...)
   Argumentos a favor do meio:
  • Os gémeos verdadeiros (quando criados em ambientes opostos/diferentes) reagem de diferentes formas perante situações idênticas;
  • A convivência com grupos de amigos diferentes altera a personalidade dos indíviduos;
  • O caso do "Menino Selvagem", que foi abordado nas aulas teóricas (história do menino que cresceu junto dos animais);
  • (...)

 Conclusão: Na nossa opinião, o crescimento e o desenvolvimento físico e mental não se deve, exclusivamente, a um só, ou seja, a Genética e o Meio estão em constante interação!
  
   Podemos afirmar que o comportamento humano é genético, visto que é manifestado por um indíviduo que é resultado  biológico de outro, mas por outro lado, é também fruto de fatores ambientais, na medida em que se exprime no seio de uma sociedade humana. Todos nós temos características herdadas, que nascem connosco, o que não quer dizer que todas elas sejam realçadas, ou seja, é o Meio o responsável por as exprimir conforme o que vivemos.

- Há assim uma interação entre fatores genéticos e ambientais que garantem a adaptação do ser humano ao meio ambiente, que é condição de sobrevivência!

2 de abril de 2012

Psicologia do Desenvolvimento ...



   A psicologia do desenvolvimento é a ciência que foca os seus interesses na área do crescimento humano, nos processos que se alteram durante o curso da vida, na infância, na adolescência e na idade adulta. Os especialistas desta vertente da psicologia procuram estudar e compreender os processos do desenvolvimento pré-natal (período que antecede o nascimento) e pós-natal (período que ocorre após o nascimento), bem como investigar e estabelecer os princípios e as leis da maturação, ou seja, do desenvolvimento do nosso comportamento ao longo da vida até ao estádio terminal da vida, ou seja, a velhice e a morte.
   Como ciência comportamental que é, a psicologia do desenvolvimento ocupa-se de todos os aspectos do desenvolvimento e estuda o Homem como um todo, e não como segmentos isolados de dada realidade biopsicológica. De modo integrado, portanto, a psicologia do desenvolvimento estuda os aspectos físicos, cognitivos, emocionais, sociais e morais da evolução da personalidade, bem como os fatores determinantes de todos esses aspectos do comportamento do indivíduo.


Senso Comum Vs Ciência ...


   Senso Comum – Forma de saber vulgar, própria do comum das pessoas, que se adquire de modo espontâneo, sem esforço e sem intenção, na experiência do dia-a-dia. Saber informal, que se adquire de uma forma natural (espontânea), através do nosso contacto com os outros, com as situações e com os objetos que nos rodeiam. É um saber muito simples e superficial, que não exige grandes esforços.


   Ciência – Saber científico, sendo no entanto, do ponto de vista individual, uma realidade cultural a respeitar. Método formal para “alcançar” o conhecimento racional sobre a natureza das coisas e/ou condições da sua existência. Investigação metódica das leis e dos fenómenos com o objectivo de produzir saber e conhecimento. Método de pesquisa baseado na faculdade racional do ser humano e na comprovação experimental do facto investigado.


Características do senso comum:
   Subjetivo; Imediato e direto; Diverso e heterogéneo; Dogmático e não crítico; Empírico; Assistemático; Ametódico; Aparente ou ilusório; Carácter coletivo; Superficial; Particular; Prático e utilitário.


Características do conhecimento científico:
   Objetivo; Positivo, sistemático; Rigoroso e homogéneo; Construído; Abertura; Racional; Verosímil; Polémico; Didático; Público.